30º Festival de Curitiba – Parlapatões revivem sucessos

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O grupo Parlapatões surgiu em São Paulo, no ano de 1991, como um grupo de teatro de rua, que trabalhava com humor e linguagem circense e passava o chapéu no final dos espetáculos. No ano seguinte, o Festival de Curitiba foi criado por jovens estudantes para movimentar a estagnada cena cultural da cidade. Desde então, os dois projetos cresceram e apareceram e suas trajetórias se cruzaram muitas vezes.

A primeira delas foi em 1997, quando houve a estreia nacional de Piolim, no Festival de Curitiba. Na mesma edição, os Parlapatões apresentaram a peça de rua U Fabuliô. No ano seguinte, o espetáculo PPP@WllmShkspr.br estreou com grande sucesso de público e crítica no festival e seguiu uma importante carreira nacional.

Em 2003, outra estreia: As Nuvens. Três anos depois, a trupe trouxe dois novos espetáculos Hércules e Prego na Testa. Em 2009, foi montado Oceano – Circo Roda; em 2010, O Papa e a Bruxa. A última passagem pelo evento foi com o grandioso espetáculo Parlapatões Revistam Angeli.

Ao todo, os Parlapatões encenaram nove peças com quatro estreias nacionais em oito edições diferentes do Festival de Curitiba. “O grupo estreou muitas peças no Festival de Curitiba e nosso trabalho sempre foi muito bem recebido. O evento sempre serviu como um impulso muito grande para que nossos espetáculos começassem temporadas Brasil afora”, destaca Hugo Possolo, um dos fundadores do grupo.

Possolo lembra que ouvia dos colegas mais experientes que o público de Curitiba era “duro e difícil para comédia”, mas que hoje tem a impressão contrária. “Para nós, nunca foi duro e difícil. Ou a gente acertou muito, ou quem sabe temos uma empatia, uma relação forte com a cidade e há uma reciprocidade na conexão”, confirma.

Quando a direção do Festival de Curitiba disse que queria fazer um uma edição comemorativa de 30 anos com de remontagens de grandes sucessos de festivais anteriores, a ideia soou muito bem para os Parlapatões. “Somos um grupo que mantém repertório. Essas três peças, cada uma a seu jeito, foram fáceis de retomar”, lembra Possolo.

Em 2022, os Parlapatões retornam ao palco do 30º Festival de Curitiba com uma trilogia de grandes sucessos para comemorar as três décadas de parceria. Todas as montagens serão no Sesc da Esquina e são parte da Mostra Lúcia Camargo.

Prego na testa
A primeira peça é Prego na Testa, espetáculo solo de Hugo Possolo, baseado na obra e performance do ator e dramaturgo americano Eric Bogosian.

O texto expõe ao ridículo a neurose urbana que Possolo soube adaptar às circunstâncias da realidade brasileira ao viver sete personagens de características bem diferentes como o mendigo que se considera dono de um vagão de metrô, o emergente apaixonado pela nova churrasqueira, o fã chato, o macho que participa de um grupo de autoajuda para fazer uma meia culpa por ser viciado em sua própria virilidade, entre outros.

Prego na Testa será encenado nos dois primeiros dias do Festival, 29 e 30 de março.

Shakespeare abreviado
Nos dias 31 de março e 1º de abril, o grupo apresenta PPP@wllmshkspr.br, a versão brasileira de The Complet Works of William Shakespeare (Abridged), do americano Adam Long, que também é ator e participou da montagem original.

O “Shakespeare abreviado” dos Parlapatões é um clássico instantâneo que estreou no Festival de Curitiba. A peça é uma sátira agilmente estruturada que compila a obra completa de William Shakespeare em 99 minutos, encenada por três atores que se dividem em 12 personagens. A tradução é de Barbara Heliodora, crítica de teatro e a principal tradutora de Shakespeare no Brasil. A peça foi dirigida por Emílio Di Biasi, o ator e diretor falecido em 2020, fundador do grupo teatral Decisão e um grande garimpeiro de talentos do teatro.

Universo Angeli
A trilogia dos Parlapatões fecha nos dias 2 e 3 de abril, quando o grupo retoma um de seus maiores projetos: a ampla pesquisa sobre a obra do cartunista Angeli. A peça Parlapatões Revistam Angeli rola em clima de Teatro de Revista, ao som do rock’n roll, com os personagens mais conhecidos do cartunista como Bob Cuspe, Rê Bordosa, Os Skrotinhos e Meia-Oito dando vida a situações criadas nas tiras, charges e textos de Angeli.

A peça estreou no Festival de Curitiba de 2013 com a presença do próprio Angeli e fez grandes temporadas no Auditório Ibirapuera e temporada no Espaço Parlapatões, com grande sucesso de público.

Três espetáculos testados, aprovados e imperdíveis para celebrar a simbiose entre Os Parlapatões e o Festival de Curitiba. “Estamos felizes de estar em Curitiba novamente e finalmente nos apresentando para um público. Vai ser uma lavada de alma, uma retomada”, diz Possolo.

A Mostra Lúcia Camargo é apresentada por Ebanx, Paraná Banco, New Holland, com patrocínio de ClearCorrect, Vonder, SulAmérica, Novozymes e Governo do Estado do Paraná.

Acompanhe todas as novidades e informações da Mostra Lúcia Camargo do Festival de Curitiba pelo site www.festivaldecuritiba.com.br, pelas redes sociais disponíveis, no Facebook @fest.curitiba, pelo Instagram @festivaldecuritiba e pelo Twitter @Fest_Curitiba.

Serviço:
Prego na Testa, com Parlapatões
29 e 30 de março, sempre às 21h
Classificação: 14 anos
Duração: 60min

PPP@wllmshkspr.br, com Parlapatões
31 de março e 1º de abril, sempre às 21h
Classificação: 14 anos
Duração: 90min

Parlapatões Revistam Angeli
Quando: 2 de abril, as 21h, e 3 de abril, às 19h
Classificação: 14 anos
Duração: 80min

Para as 3 peças
Sesc da Esquina (Rua Visc. do Rio Branco, 969 – Mercês)
Valores: R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia-entrada) + taxa
Ingressos: Ingressos: www.festivaldecuritiba.com.br e na bilheteria física exclusiva do Shopping Mueller (piso L2), de segunda-feira a sábado, das 10h às 22h; domingos e feriados, das 14h às 20h.

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