Festival de Curitiba 2023 – Primavera e Breu, c h ãO e Matéria Escura destacam a dança no evento
As conexões entre a dança e o teatro estão bem iluminadas no palco do 31º Festival de Curitiba. Três espetáculos fazem parte da Mostra Lúcia Camargo. O Grupo Corpo retorna com duas coreografias assinadas por Rodrigo Pederneiras, “Primavera” e “Breu”; o catarinense Grupo Cena 11 regressa com sua conhecida radicalidade estética e corporal em Matéria Escura. Completando a programação, a peça de dança c h ãO, concepção e direção de Marcela Levi e Lucía Russo. Combinando referências e tecnologias, investigando possibilidades e experimentando limites, os três espetáculos apresentam olhares que se complementam e estabelecem conversas.
Dirigido por Alejandro Ahmed, o Cena 11 propõem em Matéria Escura uma dança que se modula músculo, esquelética, emocionalmente através da gravidade, transitando para expansões em que tudo que se move é potência em dança. Ao longo de 30 anos, o grupo catarinense conquistou reconhecimento pela originalidade de criações que transitam entre saberes, amparadas por modos de pensamentos não autofágicos da própria ideia de dança. “Procuro fazer com que ela seja uma capacidade cognitiva de acessar outros saberes”, explica Ahmed, sobre as buscas do grupo. “E quando se coloca a dança nesse campo de operação junto ao teatro, ambos se expandem e se arriscam mais, buscando outros lugares”, completa.
Essa busca por novas maneiras de dançar interessa também ao coreógrafo Rodrigo Pederneiras, do Grupo Corpo. “Acho fascinante essas centenas de possibilidades, todo mundo pode dançar. Vocês abriram um leque enorme de possibilidades, de novas maneiras de dançar, de fazer dança, acho maravilhoso”, diz. Desta vez, a companhia trafega entre a ideia do recomeço e do sopro de esperança, em “Primavera”, e uma tradução poética da violência e da barbárie dos dias que vivemos, apresentada em “Breu”.
Por sua vez, c h ãO é uma peça fragmentária e incompleta, que toma emprestado da música o trêmulo – também conhecido como o som da dúvida – e a dissonância para pensar a tensão como vínculo vibrante e não somente como quebra. “Em meio ao distanciamento físico, a música nos fez mover. Escutar outros. A voz carrega corpos. Começamos assim essa peça carregada de fragmentos de danças, vozes e corpos”, dizem Marcela Levi e Lucía Russo, na apresentação do trabalho. “Estamos falando de encontros musicais, ressonâncias entre autores distantes no tempo e no estilo, que reconhecemos, ou mesmo inventamos, durante a pesquisa musical que fizemos durante o processo de criação”, pontua Marcela.
Há também vários espetáculos de dança na programação do Fringe. Acompanhe todas as novidades e informações pelo site do Festival de Curitiba www.festivaldecuritiba.com.br, pelas redes sociais disponíveis no Facebook @fest.curitiba, pelo Instagram @festivaldecuritiba e pelo Twitter @Fest_curitiba. Ingressos disponíveis pelo site oficial e na bilheteria física no Shopping Mueller (Piso L3).
A Mostra Lúcia Camargo é apresentada por Banco CNH Industrial e New Holland, Bosch, Novozymes, Copel e Sanepar – Governo do Estado do Paraná, com patrocínio de Ebanx, DaMagrinha 100% Integral, GRASP e ClearCorrect.
Serviço:
Festival de Curitiba 2023 – Mostra Lúcia Camargo
Valores: R$ 80 e R$ 40 (meia)
Ingressos: www.festivaldecuritiba.com.br e no Shopping Mueller – Piso L3 (Av. Cândido de Abreu, 127 – Centro Cívico)
Grupo Corpo – “Primavera” e “Breu”
Local: Teatro Guaíra (Rua XV de Novembro, 971 – Centro)
Datas: 8 de abril, às 20h30, e 9 de abril, às 19h.
Classificação: Livre
Duração: 80min (intervalo de 20min)
Matéria Escura
Local: Teatro da Reitoria (Rua XV de Novembro, 1.299 – Centro)
Datas: 7 e 8 de abril, sempre às 20h30.
Valores: R$ 80 e R$ 40 (meia)
Classificação: 16 anos (contém cenas de nudez)
Duração: 90min
c h ãO
Local: Teatro da Reitoria (Rua XV de Novembro, 1.299 – Centro)
Datas: 30 e 31 de março, sempre às 20h30.
Classificação: 16 anos (contém cenas de nudez)
Duração: 50min
Crédito da foto:: Divulgação